Calhou-se que meu aniversário deste ano eu estava nos Estados Unidos.
E assim fomos passar uns dias em Nova Orleans, a casa e o berço do jazz. E foi alí, entre uma ruazinha colonizada por franceses, uma limonada batizada e uma refeição bem temperada, que me dei conta.
2023 pra mim foi como um show de jazz.
Quem gosta deste tipo de música já sabe que boa parte do charme de uma banda é o improviso. Você até sabe as notas da música, mas de repente algo acontece e você começa a improvisar.
E assim, você vê alguém do seu lado se destacando em um solo lindo e diz: UAU, você está arrasando! Continue, eu estou adorando!
Olha pro outro, e tem alguém estalando os dedos tentando entrar no ritmo ou apenas curtindo a vibe.
Na sua frente, alguém grita comemorando a sua performance em um momento em que você sequer achava que era o seu melhor. Yeah!
De repente, alguém se levanta e começa a dançar. Outra pessoa pede um Whisky. Um homem se lamenta. Uma mulher sorri.
Tudo isso acontece ao mesmo tempo. Um caos alinhado. Uma série de improvisos que torna o momento especial.
Esse foi meu 2023.
Começou com uma dúvida, criei um plano, contei com apoio e torcida quando não estava no meu melhor gingado, comemorei feliz o solo dos meus amigos e da minha família, procurei o ritmo, achei, perdi, dancei e celebrei.
Fugi tantas e tantas vezes do script que só agora consigo ver que 2023 foi a melhor música que eu poderia ter. Há tempos não me sinto tão eu e tão feliz.
E como estamos musicais nessa edição de newsletter, divido com você o trecho de uma outra canção que acompanhou nos últimos meses, da Maglore:
"Calma
O tempo é o seu melhor amigo
Eu sei que isso não faz sentido agora
Mas calma
Pois nada fica fora do lugar
Por tanto tempo"
Pro seu 2024 eu desejo que você consiga estalar os dedos. Que lembre-se que a vida precisa de timing, mas isso não significa correr… Muitas vezes, o timing é justamente ter calma.
Boa virada de ano pra você! Nos falamos ano que vem :)
PS: As fotos dessa edição são minhas. Achei legal compartilhar um pouco com vocês. O lugar é demais, né?